06/05/2024 – Sexto dia
Acordei bem cedo e saí ao redor das 6:30hs.
O percurso planejado para o dia era um dos mais longos, com muitas subidas e descidas, e uma altimetria acumulada de aproximadamente 1200 metros. Pelo menos a chuva havia parado e o dia prometia ser bem bonito, com céu azul turquesa.
O amanhecer visto do alto da Ponte Luis I, com uma névoa que cobria o Douro estava magnifico. Dada a minha insistência em sempre seguir os passos dos peregrinos que fazem o caminho a pé, o trajeto, até de fato sair da cidade do Porto, foi bem chato, com muitas subidas e descidas em ruazinhas estreitas, e na sua maior parte de pedras, e inclusive algumas escadarias.
Segui o caminho em direção a Ponte de Lima, por trechos basicamente de pedras e paralelepípedos, calcamentos muito comuns em Portugal, mas bastante rústicos e desnivelados o que prejudicava pedalar.
As igrejas nesta região, ao norte do Porto, apresentam arquitetura um pouco mais rebuscada do que as igrejas dos primeiros dias da viagem. Muitas delas tem fachadas de azulejos decorados e com torres ornamentadas com sinos e relógios. Um dos primeiros vilarejos no caminho foi Mosteiró, no município de Vila do Conde, com sua bonita igreja Paroquial e Mosteiro de São Gonçalo de Mosteiró. Em seguida, passei pelo Largo de Vilarinho em Macieira de Maia e segui em frente. De lá em diante, os elementos decorativos das igrejas e até das Quintas foi ficando mais rebuscado, como por exemplo a entrada da Quinta de São Miguel de Arcos.
Mais adiante passei por São Pedro de Rates e Pedra Furada, ambos parte do distrito de Braga, até chegar a Barcelos, uma terra rica em artesanato, muito conhecida pelo galo tradicional de Barcelos.
No interior da igreja do Bom Jesus da Cruz, na praça central de Barcelos, estavam os Tapetes de Pétalas Naturais que enfeitam o chão dos altares da Igreja em razão da Festa das Cruzes que é comemorada no início de maio.
Cheguei à Ponte de Lima por volta das 15hs.
Ponte de Lima é uma vila no norte de Portugal, na sub-região do alto Minho, criada por iniciativa da Condessa D. Teresa de Leão em 1125. O nome da vila faz referência a uma ponte Romano-Gótica que atravessa o rio Lima e que era considerada a única passagem segura do Rio Lima, em toda a sua extensão, até o final da Idade Média.
A igreja Matriz de Ponte de Lima foi inicialmente construída no século XII tendo sido reconstruída e ampliada a partir de 1425. Ela foi constantemente remodelada ao longo dos séculos seguintes e possui em seu interior diversos estilos, incluindo elementos góticos e renascentistas, entre outros.
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