08/05/2024 – Último dia
No último dia, acordei bem cedo e saí por volta das 7 horas. O sol nasceu e o dia já estava claro.
Pedalei por um trecho de terra e pedra, no meio de uma floresta, até chegar à Ponte Sampaio, sobre o rio Verdugo, uma ponte medieval construída sobre uma fundação romana. As primeiras referências a esta ponte datam dos séculos X e XI. Ela pertenceu aos Condes de Borgonha, que cobravam pedágio dos que iam atravessá-la.
Seguindo o caminho passei por Pontevedra, uma cidade conhecida por seu centro histórico bem preservado e pela Basílica Gótica de Santa Maria, a Maior.
Sai de Pontevedra em direção a Santiago e no caminho passei por algumas pequenas cidades, como, Caldas de Reis, Carracedo, Padrón, Iria Flavia, onde se encontra a igreja de Santa Maria de Iria Flavia. Antiga Sé Episcopal, conforme documentos do século VI, a Igreja de Santa María a Maior de Iria Flavia é uma das igrejas mais antigas da Galicia e é considerada o primeiro templo mariano do mundo. O seu passado remonta à época romana.
Um pouco mais à frente encontrei o Santuário de Nossa Senhora da Escravitude, construído com doações dos que vinham em busca de cura na Fonte Santa. Situada à frente da igreja, a fama da Fonte se espalhou com a notícia de que um doente havia se curado ao beber a sua água.
O meu destino estava agora a aproximadamente 18 km após uma subida de mais ou menos 300 metros até a praça do Obradoiro. Entrei em Santiago vindo pelo Sul e logo estava na praça.
A praça estava cheia de peregrinos, como sempre, das mais diversas nacionalidades, sentados no chão, tirando fotos, para finalmente comemorar a conclusão do Caminho.
Mais tarde fui à Oficina do Peregrino (Rua das Carretas, 33) e com a minha credencial e seus mais diversos carimbos obtidos ao longo do trajeto. Retirei tanto a Compostela quanto o certificado da distância percorrida.
Mais tarde me dirigi à Hospedaria de San Martin Pinário, na Praça da Imaculada, próximo à Catedral, para devolver a bicicleta.
O dia terminou com a missa dos peregrinos na Catedral.
