Iniciei o trajeto do dia às 7h. O dia estava feio e nublado.
Segui em direção a Montefiascone e, logo, passei por Celle sul Rigo, um pequeno vilarejo do século XIII, localizado no alto de uma colina, parte do município de San Casciano dei Bagni. Decidi subir para ver a vista e não me arrependi. Algumas casas anteriormente existentes na borda da colina, justamente de onde se pode avistar o vale, ruíram ao longo dos últimos dois séculos.
Em Acquapendente, já na província de Viterbo, uma comune que deve seu nome às inúmeras cachoeiras da região que deságuam no rio Paglia, visitei duas igrejas: a de Santo Agostinho, construída em 1290 em estilo gótico e, ao longo dos anos, parcialmente reconstruída, e que hoje apresenta um aspecto barroco;
e, mais à frente, a Catedral do Santo Sepulcro de Acquapendente, um edifício em estilo românico pertencente à ordem beneditina. No período medieval, a basílica era frequentada por peregrinos e cruzados, em virtude de sua localização ao longo da Via Francigena.
Mais à frente, em San Lorenzo Nuovo, fica a Igreja Collegiata di San Lorenzo Martire, construída no século XVIII. O elemento mais decorativo da fachada é o brasão do Papa Pio VI. No interior, encontram-se duas obras — uma Ascensão e uma Ressurreição — do pintor Jacopo Zucchi (Florença, 1541 – Roma, 1596), doadas à igreja por Pio VI.
No trecho final até Montefiascone, cruzei belos campos plantados com canola e, ao chegar, visitei a Catedral de Santa Margherita, construída nos séculos XV e XVI. Seu domo foi construído em 1670, após um incêndio destruir o teto da igreja.
A fachada, encerrada entre duas torres sineiras construídas em 1840 e encimada por uma balaustrada, apresenta um solene portal neoclássico, composto por um frontão triangular sustentado por colunas jônicas. Nas laterais, dois nichos abrigam as estátuas de São Flaviano e Santa Margherita, padroeiros de Montefiascone. No interior do templo, destacam-se a estátua de mármore e os restos mortais de Santa Margherita de Antioquia e um refinado crucifixo de madeira.
