14/09/2023 – Sexto dia

Acordei cedo e saí de Paraisópolis por volta das 7hs em direção a Luminosa, uma pequena cidade que fica no pé da serra com o mesmo nome, a 24 km de distância. Este trecho foi relativamente tranquilo.
No caminho, depois de pedalar por aproximadamente 2 horas, parei no bairro Canta Galo, na lanchonete do Jucemar, para comprar água e descansar um pouco.



Cheguei em Luminosa por volta das 10hs. Visitei a Igreja de Nossa Senhora das Candeias, na praça central. Depois de comer um ótimo pastel de carne no Boteco Mineiro, ao lado da praça da Matriz, fui apresentado à serra da Luminosa que está bem à frente da cidade e realmente se mostrou um grande desafio.




O percurso até o topo da serra tem uma distância de aproximadamente 9 km e uma diferença de altitude de 900 metros, em uma estrada de terra, com muitas pedras e alguns trechos esburacados. Ao longo do caminho eu olhava pra frente e para trás, focando no desafio a percorrer, mas me confortando com o que já havia vencido.


Depois dos primeiros 3,6km, subindo aproximadamente 300 metros, parei para descansar na Pousada Dona Inês, um local bem conhecido onde muitos peregrinos se hospedam antes de seguir viagem até o alto da Luminosa. Dali o caminho segue com trechos mais íngremes e mais esburacados e nesta parte havia, inclusive, algumas máquinas trabalhando na recuperação da estrada. Após mais 2,5 km e 275 metros de aclive, parei mais uma vez no Restaurante Oasis para comprar água e descansar. A temperatura chegou a 40 graus ao longo do dia. Ali encontrei mais uma vez um grupo grande de Casa Branca que estava fazendo o caminho de carro. Eram 10 veículos com uma turma numerosa e bem animada. Eu encontrara com eles na pousada Dona Inês e eles também estavam seguindo em direção a Campos do Jordão.

Após subir mais 600 metros até o topo da serra, apreciando as vistas deslumbrantes e apesar do céu prometer chuva, cheguei à divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo.
Os 3 km seguintes foram bem tranquilos, com uma leve descida, até alcançar o asfalto na Rodovia Prefeito Benedito Gomes de Souza. Os próximos 9 km pela rodovia foram relativamente fáceis, com um declive de aproximadamente 400 metros até a Vila Campista, em uma região de mata nativa, muito bonita e agradável. A temperatura caiu muito e a essa altura estava aproximadamente 13 graus.

Chegando à Vila Campista encontrei novamente o grupo de Casa Branca que estava almoçando no Restaurante Araucária. O filet à parmegiana que estava sendo servido tinha um cheiro e uma aparência excepcionais. Fiquei com muita vontade de comer, mas como eu ainda tinha mais uns 20 e poucos quilômetros até o meu destino, decidi ir em frente, pois havia uma grande possibilidade chuva.
Segui pela MGC 383 em direção a Campos do Jordão, numa estrada asfaltada, com subidas e descidas, que chega em Campos próximo à entrada do Grande Hotel, entre Jaguaribe e Capivari. Preferi essa alternativa em função da possibilidade de chuva, pois achei que, apesar de mais acidentado, o caminho seria melhor e mais rápido do que o caminho de terra.

Cheguei em Campos por volta das 17:30hs e já começara a chover. Depois de buscar os meus alforjes com o Gerson, tomar um banho quente e me recuperar de um longo e difícil dia, saí para jantar e não conseguia tirar aquele filet à parmegiana da cabeça. No centro de Capivari encontrei uma excelente opção no Safári Restaurante e Bar, onde comi um belíssimo filet e fui muito bem servido.