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Acordei cedo e deixei Fornovo di Taro antes do amanhecer. O sol nasceu quando eu estava pedalando pelo Parque Fluvial Regional do Taro, às margens do rio. O dia prometia ser difícil pela necessidade de cruzar os Apeninos antes de chegar a Pontremoli. Nos primeiros 25 km, subi aproximadamente 900 metros, quase sem descanso, passando por Bardone e Terenzo. 

A vista das montanhas era belíssima. Passei ao lado do Monte Cassio, a uma altitude aproximada de 910 metros, e segui por uma descida bem agradável até alcançar aproximadamente 700 metros.

Adiante, voltei a subir, passando por Berceto, até alcançar o ponto mais alto da travessia, o Passo della Cisa, com 1.041 metros de altitude.

Daí em diante, praticamente só descida até chegar a Pontremoli, por volta das 14h.

Pontremoli é uma cidade muito antiga, colonizada inicialmente por volta do ano 1000 a.C., situada na Lunigiana, intersecção do norte da Toscana, Emília-Romagna e Ligúria. A cidade possui uma importante herança histórica que remonta à Idade Média. Sua importância histórica fica clara em virtude de seus marcos arquitetônicos, incluindo o Castelo de Piagnaro, uma estrutura impressionante que se ergue nas colinas de Pontremoli e que hoje abriga o Museo delle Statue Stele (https://statuestele.org).

O museu expõe um dos fenômenos mais importantes do megalítico europeu. As Estelas, figuras humanas masculinas e femininas representadas em formas abstratas, foram esculpidas em arenito por populações que viveram entre o século IV e o I milênio a.C. O museu é o mais representativo da Itália pelo número de espécimes coletados e pela documentação sobre os sítios de descoberta, a matéria-prima utilizada e as técnicas de processamento.