Saí de Carrancas por volta das 7hs em direção a Caxambu. Após uns 30 minutos cruzei o rio Capivari que neste ponto se parece com um pequeno lago, apesar de duas corredeiras. Segui pedalando e por volta das 9hs cruzei a estrada de ferro ainda no município de Carrancas e logo após parei em uma fazenda para tomar um pouco d’agua e encher a minha garrafa. A estrada era tão ruim, com pedras soltas e muita trepidação que após uma hora pedalando alguns equipamentos começaram a se soltar e tive que parar para reapertar alguns parafusos. No local onde eu parei para ajustar os equipamentos tinha uma grande imagem de Nossa Senhora Aparecida.



Segui em frente até encontrar a histórica fazenda Traituba, já no município de Cruzília. A primeira sede da Fazenda Traituba foi construída em 1758 por João Francisco Junqueira Filho, para morar com sua família. Entre os anos 1827 e 1831, foi construída a atual sede para receber Dom Pedro I, amigo da família, que sempre vinha caçar na região e hospedava-se na antiga sede. Antes de se concluir a construção, porém, Dom Pedro I abdicou do trono, voltando para Portugal sem visitar a fazenda.
Por volta das 11:30hs parei na Fazenda Chale, construída em 1898 no final do século 19, para tomar água novamente. Neste trecho da viagem praticamente inexistem bares ou restaurantes vendendo comida e bebidas, as fazendas eram as únicas alternativas.

Chegando em Cruzília fui ao Museu Nacional do Mangalarga Marchador, na parte alta da cidade, carimbar o meu passaporte e considerando que já eram 14 horas parei para almoçar ao lado do museu e na frente da bonita Igreja Matriz de São Sebastião. Entre Cruzília e Caxambu passei por diversos haras onde se cria Mangalarga Marchador.

Cheguei em Caxambu por volta das 16:45hs, com tempo de sobra para descansar antes do jantar.