Logo cedo, deixei Buonconvento em direção a Radicofani. A primeira parada foi em San Quirico d’Orcia, um pequeno vilarejo com aproximadamente 2.500 habitantes.
A maior e mais importante igreja de San Quirico é a Collegiata di San Quirico e Santa Giulietta, uma majestosa igreja românica que remonta ao século XII. Construída em esplêndida pedra branca, em forma de cruz latina, e com uma mistura de elementos românicos e góticos, que lhe conferem charme. O aspecto compacto e sólido é suavizado pelos inúmeros detalhes decorativos, como o belo portal com pequenas colunas, rosas, os dois inevitáveis leões e motivos animais e vegetais. A fachada principal é decorada com um portal ricamente esculpido, enquanto o interior, sóbrio e evocativo, abriga preciosas obras de arte, incluindo pinturas e esculturas de artistas locais.
Seguindo pela Via Dante Alighieri, cheguei à Igreja de Santa Maria di Vitaleta, construída sobre as ruínas do Convento de São Francisco, entre 1867 e 1870. A fachada em travertino possui um óculo (janela em rosácea) acima da porta de entrada.
. Ainda um pouco mais adiante, passei pela Igreja de Santa Maria Assunta, um edifício simples e evocativo, em travertino quadrado, com uma nave única, construído provavelmente na segunda metade do século XI. A parte mais significativa é o portal da Via Francigena, que revela inúmeras analogias com o da Abadia de Sant’Antimo.
No caminho para Radicofani, passei pelo Castello di Spedaletto, um complexo fortificado construído no século XII pelo religioso Ugolino da Rocchione como local de recepção para viajantes e peregrinos. A partir de 1236, o complexo foi administrado pelo Spedale di Santa Maria della Scala, em Siena, e era chamado de “Spedale da ponte sobre o rio Orcia”, graças a uma ponte antiga, cujas ruínas ainda hoje são visíveis no meio do curso d’água.
Apesar da chuva que caía neste momento, a estrada — muito tranquila e bucólica, com pouquíssimos carros — sobe lentamente até alcançar Radicofani, que fica no ponto mais alto da região e oferece uma bela vista.
