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13/09/2023 – Quinto dia

Saí de Borda da Mata ao amanhecer, às 6:20hs da manhã, pois o dia prometia ser bem difícil, em função das diversas serras existentes neste trecho. 

A primeira parada foi na Barraca do Daniel Ribeiro, localizada no cruzamento do Caminho com a estrada Borda da Mata-Bom Repouso. Continuei pelo caminho em direção a Tocos do Moji. 

Um pouco mais à frente parei na casa da Família Navi, onde um grupo de peregrinos e ciclistas estava descansando antes de continuar a subida em direção à Porteira do Céu, na divisa de Borda da Mata e Tocos de Moji. 

As paisagens seguiam deslumbrantes, com vistas realmente excepcionais. 

Alguns quilômetros mais para a frente cheguei à Igreja de São Francisco que fica bem ao lado da parada Trem Bão, onde tomei uma limonada deliciosa. 

Chegando em Tocos de Moji visitei a Igreja de Nossa Senhora Aparecida, construída por volta de 1920.

Seguindo em direção a Estiva cheguei na Pousada Dona Vilma de onde se tem uma vista encantadora e continuei, sem uma pausa muito grande. Próximo a Estiva parei mais uma vez, por volta das 14hs para comer algo. Eu estava bastante cansado pois estava carregando os meus alforjes com aproximadamente 15 quilos, desde o começo do Caminho. Mas o dia estava sendo especialmente difícil em função das diversas serras que eu tive que subir. Ainda tinha pela frente a Serra do Caçador. 

Por sugestão da moça que me atendeu no Recanto do Caminho, próximo de Estiva, fui à Pousada Poka ver se o proprietário poderia levar os meus alforjes até Paraisópolis, algo que ele costuma fazer, mas infelizmente ele não estava. Após diversas tentativas infrutíferas me sugeriram pedir ajuda à Gisele, uma funcionária da pousada que trabalha no período da noite e ela, muito atenciosa, aceitou a minha proposta e levou as minhas coisas até Paraisópolis. Eu segui o meu caminho, pois ainda tinha muita estrada para percorrer.

Chegando em Consolação, após cruzar a serra do Caçador, parei para comprar água na Pousada Dona Elza por volta das 18:15hs. O sol já tinha se posto e estava começando a escurecer.  Dona Elza que estava servindo o jantar me ofereceu hospedagem na pousada, mas infelizmente, como minha bagagem já estava em Paraisópolis, decidi seguir em frente por mais 20 km. Cheguei em Paraisópolis por volta das 20hs.

Fui jantar no restaurante Sabor de Minas que fica na praça da Matriz, onde encontrei novamente o Gerson, de Vinhedo, que se ofereceu para levar os meus pertences para Campos do Jordão na manhã seguinte. Uma ajuda inestimável considerando que no dia seguinte eu teria uma das subidas mais difíceis, a Serra da Luminosa. Após o jantar visitei a Igreja Matriz de São José, uma igreja construída no início do século passado e recentemente restaurada, o que revelou suas belíssimas pinturas originais.

Passei a noite na Pousada da Fé que também fica na praça da Matriz, a mesma pousada onde o pessoal de Vinhedo se hospedou, o que facilitou a entrega dos meus alforjes na manhã seguinte.